sábado, 5 de junho de 2010

CENTRO - Mosteiro da Santa Face e Puríssimo e Doloroso Coração de Maria




Rua Marechal Floriano, em frente ao Jardim São Benedito.

CENTRO - Igreja de São Benedito



Outra das igrejas mais tradicionais de Campos, e localizada no centro da cidade, a Igreja de São Benedito, que faz parte de um belíssimo complexo urbanístico, com um coreto, localizado em frente, e uma área de lazer, administrada pela Prefeitura. Essa igreja, também é muito concorrida, pelos noivos que desejam se casar.
De acordo com a pesquisa efetuada, no site da Diocese de Campos, encontramos a seguinte informação,

São Benedito (25.12.1926)
Endereço: Praça Dr. Nilo Peçanha, 90 
CEP: 28013-550 - Campos dos Goytacazes - RJ 
Telefone: (0xx22) 2723-1869 
Pároco: Mons. Joaquim Ferreira Sobrinho
Paróquia São Benedito

HISTÓRICO
A Paróquia de São Benedito foi fundada em 25 de dezembro de 1926, e pertence ao Regional Norte. 
CONTA COM: 
* Aproximadamente 15.000 Habitantes; 04 Comunidades(Capelas); 18 Pastorais e Movimentos; Conselho Pastoral e Econômico; 40 MECE’s; 10 Catequistas; Obras Sociais; 15 Escolas e 01 Hospital.

Apesar de ser um livro que conta em detalhes alguns aspectos históricos deste município, Júlio Feydit, na página 313, do seu livro Subsídios para a história dos Campos dos Goytacazes, publicou o seguinte texto,

Em 24 de dezembro de 1875 de manhã, depois da bênção do novo templo, que se achava concluído, houve missa, e à tarde foi translada a imagem do mesmo santo para aí, saindo da igreja de Nossa Senhora do Rosário, que pertencia também à irmandade de S. Benedito, a qual fez cessão da parte que lhe pertencia daquela igreja,à irmandade do rosário, por 650$000, sendo a escritura passada no 1º cartório a 6 de julho de 1889.

O templo de S. Benedito ainda não está com as torres concluídas.

BIBLIOGRAFIA
FEYDIT, Júlio, Subsídios para a história dos Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro, RJ, Editora Esquilo Ltda, 1979.
WEBGRAFIA
http://www.diocesedecampos.org.br/paroquias.html

CENTRO - Igreja de São Francisco

Considerada uma das mais antigas e tradicionais igrejas de Campos, e tendo em seu espaço, o marco central da cidade, a Igreja de São Francisco, localizada na Avenida 13 de Maio, apresenta alguns aspectos interessantes de sua história. Da pesquisa efetuada, encontramos apenas dois registros, um no Guia Geral da Cidade de Campos, e outro no livro Subsídios para a História dos Campos dos Goytacazes.
No Guia Geral, encontramos o seguinte texto a respeito da igreja de São Francisco,

Ex-Capela erguida em louvor ao Santíssimo (São Salvador), em 1652. Na gruta ao lado da igreja existe a inscrição assinalando o acontecimento. Existe, na Igreja de São Francisco, um enorme acervo de obras barrocas dos grandes santeiros coloniais. (Independentemente das igrejas citadas – algumas das principais da religião católica, como o Convento – existem outras também de real valor histórico e importância religiosa, pertencente à religiões diversas. No entanto, em termos turísticos, destacam-se a 1ª e 2ª Igrejas Batistas, localizadas à rua Tenente Coronel Cardoso e Rua Conselheiro José Fernandes.
Mas como sempre, é no livro Subsídios para a história dos Campos dos Goytacazes, que encontramos um relato minucioso a respeito da história da criação e construção dessa igreja, dedicada à São Francisco de Assis,
Já transcrevemos o auto de posse dos terrenos, onde esteve a velha Matriz, doados pela
Câmara, para se fazer a Igreja de S. Francisco. Agora vamos por em face dos nossos leitores alguns documentos sobre a construção de igreja de S. Francisco, documento que extraímos do livro de notas do 2º cartório dos anos de 1782-1783 a fls.191.
*Registro dos documentos que me foram apresentados por João Luiz Machado.
*Exmo. E Revmo. Senhor, Sizem os moradores da Villa de São Salvador dos Campos dos Goitacazes, comarca de Capitania do Espírito Santo, aonde se acham alguns Irmãos professos da veneravel orde da penitencia, que ellas pello sumo desejo que tem de abraçarem o mesmo instituto aonde melhor possão servir a Deus e assegurarem o melhor aproveitamento e salvação de suas almas desejão fazer huã capela com caza onde moram os Religiosos seus comissários e diretores aonde possão exercitar os Exercícios espirituais profeçando a dita regra de nosso Padre São Francisco e como não podem fazer sem licença de Vossa Excelencia Reverendíssima seja servido conseder a dita Licensa e Receberá mercê – Despacho – Como pedem. Rio 22 de Mayo de 1757- Bispo-Cumpra-se Azevedo – Dom Frey Antonio do Desterro por mercê de Deos e da Santa Sé Apostolica Bispo desta Diocese do Rio de janeiro e do Conselho de sua Magestade Fidelíssima,etc.Aos que apresente nossa provisão de Erecção de Capella virem saude e paz em Senhor que de todos he o verdadeiro remedio e salvação. Fazemos saber que atendendo nós ao que por huã sua petição que fica authoada na nossa camera ecleziastica nos enviaram a dizer o Ministro e mais Irmãos Definidores da Veneravel ordem terceira da penitencia do Patriarca São Francisco, da villa de S, salvador dos campos dos Goitacazes, deste nosso Bispo. Havemos por bem delle conceder Licença como pela presente nossa Provisão lhes consedemos para que possão erigir de novo huma Capella para sua venerável ordem terceira visto estar a antiga damnificada e ter pouca capacidade para os actos e funções solemnes da dita ordem a qual depois de feita e acabada que será erecta em lugar decente assignado pelo Reverendo Paracho separada de cazas e livre de uzos domesticos como tambem preparada do necessario e dos ornamentos de que usa a Igreja, recorrerão a nós com Escriptura de dote para a mandarmos cvisitar e benzer na forma do Ritual Romano, e nella se puder celebrar o santo sacrifício da missa. Data nesta Cidade do Rio de Janeiro sobre o nosso signal e sello da nossa chancelaria aos 28 dias do mez de Novembro de 1769 annos e eu Padre Bernardo José Duarte Ferreira escrivão da camara ecleziastica o sobscrevy – Bispo – Estava o sello Ferreira.”
“Dizem o Ministro e mais deputados da Veneravel orde terceira da penitencia de Nosso Serafico Padre São Francisco, da villa de São Salvador dos Campos dos Goitacazes que elles tem acabado de todo a capela que por ordem de vossa Excelencia Reverendíssima levantarão nova e como para nella se selebrarem os oficios Divinos precisa ser benta. Pedem a vossa Excelencia Reverendíssima seja servido conseder-lhes Licensa ao seu Reverendo Padre comisario ou outro qualquer sacerdote regular ou secular a quem elle delegar a possa benzer e receberá Mercê.”
- Consedemos Licensa ao seu Reverendo Padre Comissario para benzer a capella estando decente. Rio em 23 de Outubro de 1771. Bispo.”
Dos documentos que acabamos de transcrever se conclui que a atual igreja de S. Francisco não é a primeira capela, para cuja construção pediu Frei Joço de Monserrate a terra, onde esteve a velha Matriz, e que aquela capela, tendo ficado arruinado, a atual Igreja ficou concluída em 1771.
E na página 319, do mesmo livro, mas com o título, “A Matriz de Campos”, Júlio Feydit nos faz a seguinte revelação,
Como já provamos a primeira Matriz foi edificada onde está hoje a igreja de S. Francisco.
A 2ª Matriz foi feita em janeiro de 1745, contígua à capela dos Passos, que já nesse tempo havia na Praça de S. Salvador. Eis o documento que justifica essa afirmativa. Livro de notas do 2º cartório 1743-1744 fls. 82:
“Escriptura de obrigação de Pedro da Fonseca Osório que faz Manoel de Azevedo.
Saibam quantos este publico instrumento de escriptura de obrigação virem como no anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de 1744, aos 8 dias do mez de Junho do dito anno nesta Villa de Sam Salvador Parahyba do Sul, em cazas de mroada de mim Tabalião ao diante nomeado, aparecerão prezentes partez ortogantez ensta escritura, de huma Pedro da Fonseca Osório e da outra Manoel de Azevedo provedor da hirmandade dos Santos Passos, a fazer-lhe huma caza de fabrica e de concistorio junto a Capella do Senhor dos Passos a saber: de sobrado de vinte e oito palmos de altura quatorze de sobrado pra sima e o mais para logea e ésta ladrilhada com um corredor, com escada sahindo para a sanchristia com trinta palmos em quadra, com a porta na logea correspondente a outra da Capella pello mesmo feitio, e na mesma logea três janellas rasgadas de duas portas, com seus postigos, e duas portas na escada e essas de caxeta, a casa forrada por sima de esteira com seus paineiz, a parede que reparte o corredor a Franceza (*) e as paredes da dita caza de trez palmos de adobe cozido com alicerces de pedra de quatro palmos toda rebocada, com telhado em trez faceas, e as janellas do sobrado com grades torneadas entre a parede, fechadaz com as fechaduras que forem necessárias e aldrabas, tudo por presso e quantia de 425$000, os quaez heide receber quando entregar a chave da dita obra a qual me obrigo a fazer athé Janeiro que vem de 1745 annoz, e se nezte tempo não der a dita obra feita não sendo por causa de doença ou alguma cauza equivalente que seja attendida deixarei de receber da obra cem mil reiz e se o dito Provedor Manoel de Azevedo ao entregar da chave não me pagar thé o último vintem, perderá cem mil réis de sua Algybeira para o dito Pedro da Fonseca Osório e de como assim o dicerão e outorgarão se obrigou o dito Pedro da Fonseca Osório por sua pessoa e benz a dita obra, mandarão fazer esta escritura que aceitarão e a signarão e eu também Tabalião aceito em nome de quem o direito tocar possa que lhes ly e aceitarão perante as testemunhaz prezentes Francisco da Fonceca Coelho e João Gonsalves Palmeira, pessoas reconhecidas de mim Tabalião Nicolau Tolentino Lisboa que o escrevy”.
Em 1824 a igreja Matriz foi reformada, e nessa reforma as portadas que eram baixas foram emendadas. Em 1861, a igreja com a torre do lado da rua do Sacramento fora do prumo, pendida, semelhante à torre inclinada de Pisa, chamava a atenção do forasteiro.
A Matriz tinha um rendimento extraordinário, mas era dissipado pelo vigário João Carlos Monteiro, que jogava jogos de azar.
Muitas vezes jogando, fazia a parada e dormitava, sendo preciso que os parceiros o acordassem para levantar o dinheiro que havia ganho, ou fazer nova parada, quando perdia!
Grande orador sacro, nos sermões da Semana Santa comovia seus ouvintes, principalmente as mulheres, das quais a maior parte chorava.
Era grande gastrônomo, e nos banquetes da maçonaria, nas iniciações na loja “Firme União”, da qual foi venerável, o presunto de fiambre e o arroz de forno, tinham no vigário o maior dos seus apreciadores.
Não havendo no seu tempo no Brasil o registro civil, nem a secularização dos cemitérios, quando falecia alguém, era preciso se tirar licença com o escrivão do vigário, o qual sendo surdo, ainda se fazia mais do que o era. Por exemplo: se um pobre ia enterrar uma criança, perguntava-lhe o escrivão: Vai de vestimenta branca ou azul? Ser era do sexo masculino: vai vestido como S. Miguel ou como S. João Batista; ou se era do sexo feminino: Vai vestida como N. S. da Conceição ou como a Senhora das Dores?
Se era menino o falecido, o pobre para acabar mais depressa com aquelas perguntas fastidiosas, respondia-lhe: Vai como S. João Batista, porque no meu entender aquele Santo é o que mais se assemelha no vestir aos pobres, pois não tem camisa; e o que o incomodava mais, era o preço da licença para o enterro. Quando o Pires, escrivão do vigário lhe dizia que o pobre lhe fazia ver que não podia pagar tanto, que o preço era caro, etc., então o escrivão, fazendo-se mais surdo do que era, respondia: “Seu Vigário não se importa que vá de carro, pode ir como quiser”; e só dava a licença a troco da quantia estipulada.
Tendo o vigário grande fortuna, e rendendo a Matriz mais do que qualquer usina, das que em seu tempo havia em Campos, morreu cheio de dívidas e de filhos, sendo um deles, por seu talento de jornalista e orador um dos notáveis, entre os seus colegas, e uma glória para Campos, por ter sido um dos mais fortes baluartes contra a escravidão.
Em 1861 a Matriz estava muito estragada pelo tempo, quando o visconde de Araruama e os comendadores João Almeida Pereira, Julião Ribeiro de Castro e Joaquim Ribeiro de Castro, cada um à medida de suas forças, a reconstituíram, conservando as portas e portadas da frente que haviam sido reformadas, e é por isso que tem por cima da porta o ano de 1824.
Em 22 de junho de 1862, estando a Matriz reconstruída, tiveram lugar o benzimento e a trasladação do Santíssimo Sacramento.
A torre da Matriz, tendo sido fendida por uma faísca elétrica, que caiu a 21 de fevereiro de 1869, foi em 1879 consertada do lado este, e a outra, que era menor, foi reconstruída de modo que ambas ficaram uniformes.
Aberta pelo vigário Pelinca uma subscrição pública para conserto da igreja Matriz, foi subscrita por grande número de paroquianos, e ajudada pelas respectivas irmandades do S. Sacramento e Passos e pela devoção das Dores, que se prestaram, fazendo reparos, douramento e adornos da Capela-mor e respectivas Capelas. Também a assembléia provincial autorizou ao presidente concorrer com 12 contos para auxílio das obras.
(*) Parede de estuque.

BIBLIOGRAFIA
FEYDIT, Júlio, Subsídios para a história dos Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro, RJ, Editora Esquilo Ltda, 1979.
HEMEROGRAFIA
Guia Geral da Cidade de Campos dos Goytacazes – 1992 – pgs. 41 a 43 – ano 49 nº 49




CENTRO - Igreja de Nossa Senhora do Carmo




Em nossa pesquisa, encontramos no Guia Geral da Cidade de Campos, edição 1992, a seguinte referência,

Outra obra de arte. Seu interior é de extraordinária beleza religiosa, tendo sido erigida em 1752, em estilo barroco, achando-se situada na Rua 13 de Maio,44. Seu teto é todo trabalhado com desenhos dourados e quadros (num total de 24) em pintura à óleo, retratando passagens da vida de Jesus Cristo.

À respeito da história dessa igreja, encontramos nas páginas, 265 e 266, do livro, Subsídios para a História dos Campos dos Goytacazes”, o seguinte relato, escrito pelo seu autor, Júlio Feydit,

A ordem terceira do Carmo tinha uma pequena capela insuficiente e acanhada, em proporção aos recursos da irmandade e por isso, em 1778 pediu à Câmara os terrenos, onde hoje se acha edificada a sua igreja.
No livro de registros de 1779-1783 a folhas 49 verso, se acha a seguinte carta de data:
“O Juiz Presidente e mais officiaes da câmara, que servimos n´esta Villa de Sam Salvador Parahiba do Sul e seu termo, oprezente anno, etc. Fazemos saber aos que ésta nossa prezente carta de datta virem que a nós nos enviaram a dizer por sua petição retro escripta, o Irmão Prior e mais Irmaons da Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo desta sobredita villa o contheúdo, pedindo-nos em fim e concluzão da mesma, fosse-mos servidos conceder-lhes as terras que pediam na mesma petição, na forma que n´ella se vê expressada, a qual petição sendo nos aprezentada e por nós vista lhe pozemos por nosso despacho retro escripto: que lhes concedia-mos as duas dattas na fórma do estylo, sem prejuízo de terceiro o mais que se achasse inteirados os mais confrontantes pagando de foro duzentos reis de que assignariam termo na forma de sua carta de datta que lhes passaria na fórma praticada. Sam Salvador em câmera, de 8 de Dezembro de 1778 – Queiroz, Crespo, Pereyra, Faria. Por bem do qual nosso despacho se passou aos ditos suplicantes a prezente carta de datta pela qual lhes damos e conferimos e lhes havemos dadas e conferidas para a dita sua venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo d´esta Villa as refiridas duas dattas de chaons que pedem de seis braças de testada cada huma datta na rua ou estrada geral que sahe do Concelho para o Queimado, entre os chaons que já possuem e o muro de Domingos Fernandes Rocha, fazendo fundos para a Capella da ditta Senhora, e bem assim todas as mais sobras de chaons que houverem devolutos na mesma paragem depois de inteirados os mais confrontantes de chaons o fundo que direitamente lhes pertencer sem prejuízo de terceiro, na forma de estylo, pagando annualmente de foro duzentos réis de que assignarão termo no competente Livro deste Senado, em cujos chaons farão cazas dentro de um anno e não as fazendo ficarão devoluptas para se poderem dar a quem as pedir, o que assim cumprirão. E por firmeza tudo lhes mandamos passar a prezente por nós assignada e sellada com o signete que perante nós serve que se registrará. Dada e passada nesta Villa em Câmera, de 8 de Dezembro de 1778, e eu Francisco Franco Henrique de Miranda Escrivão da Câmera o subscrevi. O juiz João Gomes da Motta, os vereadores José Gomes Crespo, José Joaquim Pereira. O Procurador João Peixoto de Faria, O Syndico da Ordem 3ª Luis Caetano de Souza.

BIBLIOGRAFIA
FEYDIT, Júlio, Subsídios para a história dos Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro, RJ, Editora Esquilo Ltda, 1979.
HEMEROGRAFIA
Guia Geral da Cidade de Campos dos Goytacazes – 1992 – pgs. 41 a 43 – ano 49 nº 49


CENTRO - Basílica do Santíssimo Salvador






De acordo com as pesquisas efetuadas através da internet, bem como do Guia Geral da Cidade de Campos, edição 1992; do livro Subsídios para a história dos Campos dos Goytacazes, de Júlio Feydit, encontramos as seguintes referências, a esta igreja que é motivo de orgulho para todo o povo campista.
No site, www.diocesedecampos.org.br, encontramos informações à respeito do endereço da Basílica, e algumas fotos,

Santíssimo Salvador - Catedral(1649)
Endereço: Praça São Salvador, s/n - Centro
CEP: 28010-000 - Campos dos Goytacazes - RJ
Pároco: Mons. Paulo Pedro Seródio Garcia
Vigários Paroquiais: Padre Manoel Henrique Ferreira Lima
Padre Murialdo Gasparet

HISTÓRICO
A história da Catedral se confunde com a própria história do nascimento da Igreja em Campos. A primeira igrejinha matriz foi construída onde é hoje de S. Francisco, em 1649 e seu primeiro Vigário foi o Frei Fernando de S. Bento. Em 1653, a matriz já era citada nas Atas da Câmara da Vila de S. Salvador e, em 1674, passou a ser “capela provisionada com párocos” segundo Livro de Tombo nº 1, existente no arquivo da Catedral (fls.167 vº). A segunda matriz (por estar em ruínas a primeira) foi construída em 1745, junto à Capela dos Passos, que já havia na Praça do S. Salvador. Em 4 de dezembro de 1922, é criada a Diocese de Campos e a velha matriz passa à condição de Catedral, foi demolida e, no seu lugar, graças ao trabalho do Mons. João de Barros Uchoa, surgiu o atual templo, que foi sagrado em 28/03/1935. Por decisão de Sua Santidade o Papa Paulo VI, em 11 de dezembro de 1965 recebe o título de Catedral Basílica Menor do Santíssimo Salvador.
Ainda na internet, no site da Universidade Federal Fluminense, www.coseac.uff.br/cidades/campos_antiga.htm, o leitor/pesquisador, encontrará outras informações, inclusive históricas a respeito do início da construção da igreja, Basílica do Santíssimo Salvador - em estilo neoclássico, onde se destacam seus 32 vitrôs ricamente trabalhados. A primeira Matriz foi construída onde hoje se encontra a Igreja de São Francisco, mandada a construir pelo Governador Salvador Correia de Sá e Benevides. A segunda foi iniciada em 1745, junto a Capela dos Passos, já existente na Praça de São Salvador. Foi reformada várias vezes e reconstruída em 1861. Com a criação do Bispado de Campos, em 1828, a velha matriz se transforma em Catedral, tendo sido praticamente demolida para surgir o Templo projetado por D. Henrique Mourão e empreendido pelo Monsenhor João de Barros Uchôa, em estilo neo-clássico.
Mas de acordo com a pesquisa efetuada no Palácio da Cultura, e encontrada no Guia Geral da Cidade de Campos, edição de 1992, encontramos o seguinte texto,

Fundada em 1652, há quase 340 anos passados, pelo General Salvador Correia de Sá e Benevides, localizada onde se encontra a atual Igreja de São Francisco. A Basílica, historicamente, é a mais antiga pois data de antes mesmo de criação da Vila de Campos. Tem passado por sucessivas reformas e é hoje um dos mais suntuosos templos do Estado de Rio, de linhas já modernizadas. É de estilo romano. Possui 32 vitrôs. Está localizada desde 1678 na praça principal da Cidade, à qual dá o nome. (Obedecia à linha radical da Igreja).
É fato que com o desenrolar dos acontecimentos e das novas tecnologias como a internet e a televisão, o homem não se dá conta de que é nos livros que encontraremos muito mais subsídios históricos a respeito da história que queremos descobrir. Em Campos, o escritor Júlio Feydit, teve sua obra Subsídios para a história dos Campos dos Goytacazes, relançada em 1979, pela Editora Esquilo, e é nesse livro que encontramos um vasto material histórico a respeito da construção dessa igreja que é um marco histórico e turístico para a nossa cidade,

Matriz de palha – pág. 68
A visita feita pela Bispo Alarcão, à vila de São Salvador, cuja Matriz até então era de palha, deu novo impulso à povoação. Todas as construções eram de entulho ou de tijolos crus e cobertas de palhas de pindoba e tabua, sendo raro o sapê que só se dá bem nas terras cansadas.
O Visconde de Asseca foi quem montou a primeira olaria e forno para queimar a telha para a matriz, mas sendo aquela de palha foi propositadamente incendiada, o que consta do livro de termos de vereações de 1689-1713 a folhas 19:
“Aos 15 dias do mez de outubro de 1692. Requereo mais o Procurador deste Senado, que avisto haver se queimado a ollaria em que se achava fazendo as telhas para a Igreja de Sam Salvador, de que ficára cúmplice Francisco Pereira Tabora (E´sta ollaria com telha dava o donatário) como era notório, mandassem os Juizes notificar ao dito Francisco Pereira, para que logo mandasse levantar a ollaria para se ir continuando com a telha, e que assim o requeria como procurador do Concelho, e por não haver mais que acordar ouveram a vereança por acabada, de que fiz este termo. Manoel Caetano escrivam da Câmera o escrevi. Mendonça, Gonsalo de Pacheco Rezende, Marinho, João Antonio Guimarães, Antonio da Vide”.
O Vigário Santiago e a Obra da Matriz – pág. 76
Este documento prova claramente que o donatario Visconde de Asseca, não foi quem mandou fazer a igreja Matriz, e sim, que ela foi feita à custa dos moradores.
Agora, traremos à luz da publicidade, os documentos sobre a excomunhão e a composição por esse meio arrancada da Câmara. Não teve esta última efeito, por não concordarem os vereadores subseqüentes nesta extorsão escandalosa tentada pelos beneditinos.
(...) Dissemos que o Mosteiro sempre primou por ter, em Campos, administradores trapaceiros. Aquele que vai apresentado como protagonista de todo aquele drama escandaloso de excomungar os camaristas e os foreiros que pagavam pensões à Câmara da Vila de S. Salvador, não era só trapaceiro: era um frade que se servia do hábito como o ladrão do punhal. Era o mesmo frade que marcava gados alheios, como vimos pelos documentos por nós já transcritos do arquivo municipal. Era o célebre frei Plácido Baptista!
(...) Não houve troca alguma de terreno, nem mudança da Vila. Os autores que escreveram isso, não podem mostrar documento algum que justifique essa mudança, ou a troca de terrenos.
Não podemos aceitar as suposições do Sr. Augusto de Carvalho, de que a primeira matriz fosse no lugar do Saco, como também não concordamos com o Sr. Dr. Teixeira de Mello “que o lugar no qual se ergueu a primeira matriz de S. Salvador, ficasse a 2 quilômetros da orla do rio; e: “Parece-me (diz o ilustrado autor de “Campos dos Goytacazes”) também que talvez fosse a pequena igreja que ainda campeia na fazenda denominada Visconde, além da Cruz das Almas, de propriedade da viúva de Domingos Pereira Pinto, comprada por este aos herdeiros do Visconde de Asseca”.
Essa capela da fazenda denominada do Visconde é de construção mais recente do que a primitiva Igreja Matriz de S. Salvador que foi edificada em 1649, como já ficou demonstrado. Não houve troca de terrenos, nem mudanças da vila, e só a matriz é que foi mudada do lugar onde é hoje a igreja de S. Francisco, para a praça de S. Salvador.
Também a Vila de S. Salvador, nunca foi governada como República; e não temos receio de que contestem o que asseveramos com o mais insignificante documento. Tudo isso são lendas que ocultam a verdade histórica, mas que a seu tempo iremos destruindo com os documentos inéditos por nós trazido à publicidade. (...)

BIBLIOGRAFIA
FEYDIT, Júlio, Subsídios para a história dos Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro, RJ, Editora Esquilo Ltda, 1979.
SOARES, Orávio de Campos – As reminiscências culturais dos aceiros de cana da Baixada Campista. NIPEC, FENORTE, FAFIC, Pesquisa de campo e projeto. Campos dos Goytacazes, RJ, 2003-2004.
HEMEROGRAFIA
Guia Geral da Cidade de Campos dos Goytacazes – 1992 – pgs. 41 a 43 – ano 49 nº 49
WEBGRAFIA
http://www.diocesedecampos.org.br/paroquias.html
http://www.coseac.uff.br/cidades/Campos_antiga.HTM


CENTRO - Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte



De acordo com o texto encontrado no Guia Geral da Cidade de Campos, a Igreja Nossa Senhora da Boa Morte, fica

Situada na Avenida Alberto Torres, é a mais procurada para velórios, tendo como grande atração uma enorme imagem de São Jorge, cuja data é reverenciada à altura do imenso número de devotos do “Santo Guerreiro”.
Sobre essa igreja, na página 161, de seu livro, Subsídios para a história dos Campos dos Goytacazes, Júlio Feydit, conta que,

“Registro de huma carta de data que me apresentaram os Irmãos de Nossa Senhora da Boa-Morte.
“Os juizes e officiaes da Câmara desta Villa de S. Salvador da Parahyba do Sul, em o presente anno de 1736, na fórma da lei de Sua Magestade que Deos Guarde etc. Fazemos saber aos que esta carta de data virem, que atendendo o representar-me por sua petição os Irmãos da Irmandade de Nossa Senhora da Boa-Morte, que na paragem onde se tinham concedido aos irmãos de São Benedicto para fazerem sua Igreja e por terem determinado para outra parte a factura da dita Igreja nos pediram lhes concedêssemos a dita data para fazermos a dita Igreja, como mais longamente consta da sua petição retro – Lhe puzemos o nosso despacho: - Passe carta de data não prejudicando a terceiro ou a outra qualquer pessoa, como nella se contem, por cuja rezão e por virtude desta Nossa Carta de Data, sendo primeiro por nós assignada e sellada com o sello deste concelho. Fazemos mercê aos suplicantes dos chãos que pedem, não prejudicando a terceiro, ou a algum direito que algumas pessoas possam ter. A qual Capella se levantará dentro de um anno, e não o fazendo dentro do dito tempo, ficarão devolutos e se darão a quem nol-as pedir, as quaes terras gosarão elles para effeito da dita Capella, sem foro ou tributo algum, livres e isentos de tudo, porém com a obrigação de trazer limpa a sua testada. Dada em Câmara aos 28 do mez de Abril de 1736. E eu José da Silva do Rosário escrivão da Câmara o fiz escrever e subscrevi. Gregório Gomes Crespo, Euzébio Cordeiro de Alvarenga, Manoel de Souza Tavares, Francisco Gomes Rangel, Antonio Dias Ferreira, Juiz da Irmandade, Constantino Soares”.
Todas as sesmarias de Campos, principiando pela das sete capitães, conhecidos por hereús foram dadas sem foro nem pensão alguma, só reservando o pau Brasil, as minas e com condição de deixarem meia légua de terras, descobrindo-se na sesmaria, rio caudaloso que necessitasse de barca para atravessar? Qual o título que o mosteiro apresenta para provar que as terras onde se acha colocada a cidade lhe pertence?
No livro de foros da C. M. de 1721-1756 se acham os termos de aforamentos de terras da Câmara nos lugares seguintes:
Cruz das Almas na beira rio, Estrada do Saco, Queimado Covas d´Areia, Porto da Cadeia, Porto da Lancha, e o auto de posse judicial desse último aforamento.
São documentos incontestáveis que a Câmara possui, e que provam o direito que ela tinha e tem às terras de seu patrimônio.
E na página 313, ele complementa o texto anteriormente escrito, com outras informações,
A irmandade da Boa Morte, que como vimos, obteve os chãos para fazer o templo em 28 de abril de 1736, principiou nesse ano, a fazer a capela e a concluiu muitos anos depois,porém sem a torre, para cuja construção os irmãos fizeram uma subscrição pública, que rendeu 1:254$040, de cuja importância sobrou 314$440, só tendo gasto naquele serviço o síndico Thomaz de Andrade Motta a quantia de 939$600. A torre ficou concluída em 17 de agosto de 1846.
A 6 de abril de 1880 reuniram-se os irmãos de Ordem 3ª da Boa Morte em mesa conjunta, e nomearam uma comissão composta dos srs. José Caetano Carneiro, José da Motta ferreira, e Francisco Joaquim das chagas, para tomarem conhecimento, e providenciar sobre as jóias pertencenmtes à referida Ordem que havia sido subtraídas e vendidas pelo andador João Baptista. Verificou a comissão que faltava: “uma lampada grande de prata, uma dita pequena , uma calderinha e hyssope, um turíbulode prata e naveta, um calice rico de prata lavrada um riauissímo cordão de ouro e figa que se achavam no pescoço de Santa Rita de Cassia, uma côroa de prata, uma dita pequena, 10 cadeiras de palhinha,uma salva de prata grande, de peso de 500 oitavas, doadas pelas irmãs Leite.”
O andador, depois de fazer esse furto, desapareceu.

Se as irmandades em Campos não tivessem sido roubadas escandalosamente, as jóias doadas aos Santos, as casas, escravos, sítios, etc. se elevariam a um valor importante com o qual cada uma delas poderia ter um hospital, para o tratamento dos seus confrades

BIBLIOGRAFIA
FEYDIT, Júlio, Subsídios para a história dos Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro, RJ, Editora Esquilo Ltda, 1979.
HEMEROGRAFIA
Guia Geral da Cidade de Campos dos Goytacazes – 1992 – pgs. 41 a 43 – ano 49 nº 49

CENTRO - Igreja de Nossa Senhora da Lapa


Localizada em uma curva e de frente para o Rio Paraíba do Sul, esta igreja, de tantas tradições, lendas e histórias, é também uma das mais antigas igrejas de Campos, e entre os inúmeros registros, encontramos o seguinte texto no site, Brasil Viagem,

Construídos entre os anos de 1740 a 1748. O prédio do Asilo da Lapa, antigamente, funcionou como um anexo do quartel do Destacamento de Milicianos. No século XIX, foi destinado ao Seminário e serviu posteriormente como sede do Liceu de Humanidades. Atualmente é dirigido pela Santa Casa de Misericórdia de Campos e tem seu trabalho voltado às meninas órfãs das comunidades de baixa renda.

Endereço: Av. Rui Barbosa, 805
Bairro: Centro
Tel: (22) 2722-2816
Visitação: Visitação: das 8h às 12h.

Já o site, da Universidade Federal Fluminense, em sua citação à Igreja, faz referências a tradicional lenda do bairro, o Ururau da Lapa. Vejamos,

Asilo da Lapa/Igreja da Lapa - Conjunto arquitetônico erguido em 1748 na curva da Lapa, à margem do Rio Paraíba do Sul, onde, segundo a lenda, reside o Ururau da Lapa. Trata-se da mais privilegiada vista da cidade.A construção da Igreja começou em 1740. Possuía duas torres, mas em 1863 uma faísca elétrica fundiu a cruz das torres situadas no lado esquerdo do templo, causando sérias avarias. Em 1872, recebeu sua primeira reforma.
Desde que foi criado, com o objetivo de ser uma referência turística a ser mostrada para os turistas que aqui passam, entre as páginas 41 e 43 do Guia Geral da Cidade de Campos, encontramos a seguinte citação,
Tradicional Igreja campista, erguida no bairro do mesmo nome, às margens do poético rio Paraíba. Foi construída em 1748. A Igreja já teve torres e foi local de tradicionais e pomposas festas realizadas no mês de maio – Mês de Maria. Possui, anexo, um orfanato de meninas , e guarda em sua história o lendário mistério do Ururau da Lapa.
Mas é na página 316, do livro Subsídios para a história dos Campos dos Goytacazes, que encontramos maiores detalhes a respeito da história da construção desta Igreja, que hoje, abriga inúmeras crianças abandonadas. Segundo dados escritos por Júlio Feydit,
A 24 de janeiro de 1861, mandou o bispo-capelão-mór entregar à Santa Casa de Misericórdia, a administração da capela da Lapa e o edifício contíguo, antigo seminário que ultimamente havia sido reedificado pelo governo para o extinto liceu, e também das terras de seu patrimônio, a fim de servirem de recolhimento às meninas expostas, anuindo assim às vistas da digna administração da Misericórdia.
O antigo seminário foi à principiado em 1740 e concluído em 1748. Dois anos depois, principiou a receber os pensionistas.
Embora o ilustrado Dr. Teixeira de Mello diga na página 73 de seu livro CAMPOS DOS GOYTACAZES que: “o seminário ficára concluído em 1755, e lançada a pedra fundamental em 24 de julho de 1748”; temos razões para discordar do que escreveu, dizendo: que o seminário nunca serviu pra o fim de sua fundação, porque temos a contrapor além do que escreveu Couto Reis falando em relação ao seminário: “o qual logo teve seminaristas, etc.” o documento que em seguida transcrevemos, guardando como em todas as transcrições, a mesma ortografia, porém grifando as passagens que justificam as razões pelas quais discordamos do ilustre escritor nosso conterrâneo, que tanta luz tem trazido para o futuro escritor que empreender escrever a história de Campos. Nós somos os humildes discípulos do mestre que esboçou aquela obra, “Campos dos Goytacazes”, e esperamos que ele junte mais um título a ela e em outra edição, com os materiais que colecionamos, coordenamos e que todos não cabem nesse modesto livro; escreva a História de Campos, antes que os materiais esparsos sejam destruídos pelas traças.
Eis o documento extraído do livro de notas do 2º cartório de Campos, 1756-1767 folhas 178 verso:
“Petiçam Lançada nesta nota a requerimento do Padre Aleixo de Figueiredo, como procurador de Nossa Senhora da Lapa dos Campos dos Goytacazes; que vendo que os bens da dita Senhora e as esmolas que os fiéis davam estavam levando descaminho, deu parte a vossa Excelência Reverendíssima, para que tomasse contas ao Reverendo Doutor Affonso Bernardo de Azevedo, que estava há 16 annos recebendo as ditas esmolas e estas levávão descaminho, como de gado vaccum e cavalar, negros e esmolas de barcos, citios e o mais que os fiéis dão, e foi Vossa Excelência Reverendíssima servido, mandar que o Reverendo Doutor vizitador João de Barros, tomasse contas ao dito Reverendo Afonço Bernardo de Azevedo, mas o dito Reverendo Doutor vizitador as não tomou, e o dito Reverenço Afonço por si mesmo az deu, e humas contas com menos verdade, por que: carregando na resseita as pensoins que os seminaristas pagávão, que herão sincoenta mil reis em cada anno, lançou na despeza as côngruas que elle tinha como Reitor que herão de cem mil reis em cada hum anno, as quaes parece que devam sahir daquellas pensois e não daz esmolas que os fieis dávão à Nossa Senhora; como também, carregou na despeza hum Relicário de prata dourado, que o Reverendo cônego de Taipu deo de esmola, e huma alampada que outro devoto deu, como dada a receita dez esmolas; estrahiu todas estas despesas, que só az daz suas côngruas emportarão setecentos mil reis, não sendo arregado na Receita as pensoins dos seminaristas, e as mais que o supplicante Ignora, veyo alcançar a Nossa Senhora ou a seu seminário na quantia de hum conto quatrocentos e tantos mil reis; e por que ao supplicante doe o coração ver levar descaminho oz bens de Nossa Senhora, e oz do Seminario estão tão onerados para com o Reverendo Reitor que o faz actualmente administrar. Requer a vossa Excelência Reverendíssima, seja servido mandar novamente tomar contas ao dito Reverendo Doutor Afonço Bernardo de Azevedo, desde o tempo que entrou a administrar os bens de Nossa Senhora e do Seminário, até o presente, pela receita e despeza de cada hum anno, e determinado o que for servido, ficando o supplicante dezencarregado de responder por isso em tempo algum à Nossa Senhora, em atenção a prezente reprezentação- Pede a Vossa Excelência Reverendíssima seja servido deferir como for justiça e receberá Mercê- Despacho- O mundo Reverendo vizitador actual, toma conta com exceção ao reverendo supplicando Afonço Bernardo de Azevedo, de todo o tempo que tem estado encarregado dos bens e administração do seminário de Nossa Senhora, pela referida despeza de cada hum anno , como a acistencia do supplicante como procurador para aspor em nossa prezença , Rio em 30 de Agosto de 1766 annos Bispos.
Do documento que acabamos de transcrever se dpreende que tendo ele a data de 1766 e já havendo 16 anos que os seminaristas pagavam pensões ao vigário Afonso Bernardo de Azevedo, actualmente administrador (diz o documenro) parece que houve outro administrador, mas supondo mesmo que esse fosse o primeiro , isso prova que em 1750 estava não só o seminário concluído, cmo também serveria para o fim de sua fundação , conforme desejavam Braz domingues, o missionário Ângelo de Serqueira e frei Manoel da Cruz, seus fundadores.
Às 4 horas da tarde de 23 de julho de 1864, as asiladas expostas da Santa Casa , com os olhos rasos de lágrima, deixavam o sobrado que agora serve de hospital , saudosas daquelas casas que as havia abrigado da ingratidão dos pais ; e seguiram as 25 asiladas para o seminário , que tomou o nome de asilo da lapa.
O engano sobre a data da fundação do seminário e igreja da lapa é ocasionado por ter sido a torre o frontispício da capela concluído em 1755, pois que desde 1748que na capela da lapa se celebravam todos os atos religiosos .
Alem dos documentos referidos , achamos uma escritura de terras que se dividiam com a capela de N.S. da lapa , passada em 1748. ersse documento dissipa todas as dúvidas sobre a data da funedaçção que pode ser anterior , mas não posterior a 1848.
Em 25 de março de 1863, uma faísca elétrica fundiu a cruz da torre da lapa fazendo avarias serias nessa igreja.
As terras para o seminário foram doadas por Brás domingiues Carneiro à senhora da lapa.
Em 1782 o seminário serviu de quartel à tropa que veio de vitória , a qual depois foi substituída por uma companhia de artilharia montada , criada na vila de São Salvador.
Muitos anos serviu ainda o seminário de quartel ao destacamento de milicianos e para esse fim novas obras foram feitas no seminário. Em 1833, na enchente grande que houve a 2 de fevereiro daquele anos , serviu o seminário para guardar a farinha e carne seca, que o governo mandfou para o Rio de janeiro , para ser distribuída com a pobreza.
O seminário tinha algumas terras na vila e aalguns sítios fora dela, que estavam em poder de diversos arrendatários . Também lhe pertencia a pequena casa anexa ao esmo seminário, a qual foi doada à senhora da Penha da mesma igreja da Lapa além de uma ilha que foi vendida por 1:600$000.
São estas as informações prestadas em 1827 ao juiz de Fora, Sérgio de Souza Pinto e Mello, pelo reitor do seminário o padre Domingos Ribeiro da Costa.
Muitas casas e sítios devem arrendamentos de terrenos ao seminário da igreja da Lapa; da maior parte desses terrenos, nós temos os apontamentos , que indicam os cartórios e épocas em que foram passadas as escrituras para a Santa casa- Sob cuja a administração se acham os bens do seminário e igreja que podem reivindicar quando for necessário.

BIBLIOGRAFIA
FEYDIT, Júlio, Subsídios para a história dos Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro, RJ, Editora Esquilo Ltda, 1979.
HEMEROGRAFIA
Guia Geral da Cidade de Campos dos Goytacazes – 1992 – pgs. 41 a 43 – ano 49 nº 49
WEBGRAFIA
http://www.coseac.uff.br/cidades/Campos_antiga.HTM
http://www.brasilviagem.com/pontur/?CodAtr=64447