sábado, 5 de junho de 2010

CENTRO - Basílica do Santíssimo Salvador






De acordo com as pesquisas efetuadas através da internet, bem como do Guia Geral da Cidade de Campos, edição 1992; do livro Subsídios para a história dos Campos dos Goytacazes, de Júlio Feydit, encontramos as seguintes referências, a esta igreja que é motivo de orgulho para todo o povo campista.
No site, www.diocesedecampos.org.br, encontramos informações à respeito do endereço da Basílica, e algumas fotos,

Santíssimo Salvador - Catedral(1649)
Endereço: Praça São Salvador, s/n - Centro
CEP: 28010-000 - Campos dos Goytacazes - RJ
Pároco: Mons. Paulo Pedro Seródio Garcia
Vigários Paroquiais: Padre Manoel Henrique Ferreira Lima
Padre Murialdo Gasparet

HISTÓRICO
A história da Catedral se confunde com a própria história do nascimento da Igreja em Campos. A primeira igrejinha matriz foi construída onde é hoje de S. Francisco, em 1649 e seu primeiro Vigário foi o Frei Fernando de S. Bento. Em 1653, a matriz já era citada nas Atas da Câmara da Vila de S. Salvador e, em 1674, passou a ser “capela provisionada com párocos” segundo Livro de Tombo nº 1, existente no arquivo da Catedral (fls.167 vº). A segunda matriz (por estar em ruínas a primeira) foi construída em 1745, junto à Capela dos Passos, que já havia na Praça do S. Salvador. Em 4 de dezembro de 1922, é criada a Diocese de Campos e a velha matriz passa à condição de Catedral, foi demolida e, no seu lugar, graças ao trabalho do Mons. João de Barros Uchoa, surgiu o atual templo, que foi sagrado em 28/03/1935. Por decisão de Sua Santidade o Papa Paulo VI, em 11 de dezembro de 1965 recebe o título de Catedral Basílica Menor do Santíssimo Salvador.
Ainda na internet, no site da Universidade Federal Fluminense, www.coseac.uff.br/cidades/campos_antiga.htm, o leitor/pesquisador, encontrará outras informações, inclusive históricas a respeito do início da construção da igreja, Basílica do Santíssimo Salvador - em estilo neoclássico, onde se destacam seus 32 vitrôs ricamente trabalhados. A primeira Matriz foi construída onde hoje se encontra a Igreja de São Francisco, mandada a construir pelo Governador Salvador Correia de Sá e Benevides. A segunda foi iniciada em 1745, junto a Capela dos Passos, já existente na Praça de São Salvador. Foi reformada várias vezes e reconstruída em 1861. Com a criação do Bispado de Campos, em 1828, a velha matriz se transforma em Catedral, tendo sido praticamente demolida para surgir o Templo projetado por D. Henrique Mourão e empreendido pelo Monsenhor João de Barros Uchôa, em estilo neo-clássico.
Mas de acordo com a pesquisa efetuada no Palácio da Cultura, e encontrada no Guia Geral da Cidade de Campos, edição de 1992, encontramos o seguinte texto,

Fundada em 1652, há quase 340 anos passados, pelo General Salvador Correia de Sá e Benevides, localizada onde se encontra a atual Igreja de São Francisco. A Basílica, historicamente, é a mais antiga pois data de antes mesmo de criação da Vila de Campos. Tem passado por sucessivas reformas e é hoje um dos mais suntuosos templos do Estado de Rio, de linhas já modernizadas. É de estilo romano. Possui 32 vitrôs. Está localizada desde 1678 na praça principal da Cidade, à qual dá o nome. (Obedecia à linha radical da Igreja).
É fato que com o desenrolar dos acontecimentos e das novas tecnologias como a internet e a televisão, o homem não se dá conta de que é nos livros que encontraremos muito mais subsídios históricos a respeito da história que queremos descobrir. Em Campos, o escritor Júlio Feydit, teve sua obra Subsídios para a história dos Campos dos Goytacazes, relançada em 1979, pela Editora Esquilo, e é nesse livro que encontramos um vasto material histórico a respeito da construção dessa igreja que é um marco histórico e turístico para a nossa cidade,

Matriz de palha – pág. 68
A visita feita pela Bispo Alarcão, à vila de São Salvador, cuja Matriz até então era de palha, deu novo impulso à povoação. Todas as construções eram de entulho ou de tijolos crus e cobertas de palhas de pindoba e tabua, sendo raro o sapê que só se dá bem nas terras cansadas.
O Visconde de Asseca foi quem montou a primeira olaria e forno para queimar a telha para a matriz, mas sendo aquela de palha foi propositadamente incendiada, o que consta do livro de termos de vereações de 1689-1713 a folhas 19:
“Aos 15 dias do mez de outubro de 1692. Requereo mais o Procurador deste Senado, que avisto haver se queimado a ollaria em que se achava fazendo as telhas para a Igreja de Sam Salvador, de que ficára cúmplice Francisco Pereira Tabora (E´sta ollaria com telha dava o donatário) como era notório, mandassem os Juizes notificar ao dito Francisco Pereira, para que logo mandasse levantar a ollaria para se ir continuando com a telha, e que assim o requeria como procurador do Concelho, e por não haver mais que acordar ouveram a vereança por acabada, de que fiz este termo. Manoel Caetano escrivam da Câmera o escrevi. Mendonça, Gonsalo de Pacheco Rezende, Marinho, João Antonio Guimarães, Antonio da Vide”.
O Vigário Santiago e a Obra da Matriz – pág. 76
Este documento prova claramente que o donatario Visconde de Asseca, não foi quem mandou fazer a igreja Matriz, e sim, que ela foi feita à custa dos moradores.
Agora, traremos à luz da publicidade, os documentos sobre a excomunhão e a composição por esse meio arrancada da Câmara. Não teve esta última efeito, por não concordarem os vereadores subseqüentes nesta extorsão escandalosa tentada pelos beneditinos.
(...) Dissemos que o Mosteiro sempre primou por ter, em Campos, administradores trapaceiros. Aquele que vai apresentado como protagonista de todo aquele drama escandaloso de excomungar os camaristas e os foreiros que pagavam pensões à Câmara da Vila de S. Salvador, não era só trapaceiro: era um frade que se servia do hábito como o ladrão do punhal. Era o mesmo frade que marcava gados alheios, como vimos pelos documentos por nós já transcritos do arquivo municipal. Era o célebre frei Plácido Baptista!
(...) Não houve troca alguma de terreno, nem mudança da Vila. Os autores que escreveram isso, não podem mostrar documento algum que justifique essa mudança, ou a troca de terrenos.
Não podemos aceitar as suposições do Sr. Augusto de Carvalho, de que a primeira matriz fosse no lugar do Saco, como também não concordamos com o Sr. Dr. Teixeira de Mello “que o lugar no qual se ergueu a primeira matriz de S. Salvador, ficasse a 2 quilômetros da orla do rio; e: “Parece-me (diz o ilustrado autor de “Campos dos Goytacazes”) também que talvez fosse a pequena igreja que ainda campeia na fazenda denominada Visconde, além da Cruz das Almas, de propriedade da viúva de Domingos Pereira Pinto, comprada por este aos herdeiros do Visconde de Asseca”.
Essa capela da fazenda denominada do Visconde é de construção mais recente do que a primitiva Igreja Matriz de S. Salvador que foi edificada em 1649, como já ficou demonstrado. Não houve troca de terrenos, nem mudanças da vila, e só a matriz é que foi mudada do lugar onde é hoje a igreja de S. Francisco, para a praça de S. Salvador.
Também a Vila de S. Salvador, nunca foi governada como República; e não temos receio de que contestem o que asseveramos com o mais insignificante documento. Tudo isso são lendas que ocultam a verdade histórica, mas que a seu tempo iremos destruindo com os documentos inéditos por nós trazido à publicidade. (...)

BIBLIOGRAFIA
FEYDIT, Júlio, Subsídios para a história dos Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro, RJ, Editora Esquilo Ltda, 1979.
SOARES, Orávio de Campos – As reminiscências culturais dos aceiros de cana da Baixada Campista. NIPEC, FENORTE, FAFIC, Pesquisa de campo e projeto. Campos dos Goytacazes, RJ, 2003-2004.
HEMEROGRAFIA
Guia Geral da Cidade de Campos dos Goytacazes – 1992 – pgs. 41 a 43 – ano 49 nº 49
WEBGRAFIA
http://www.diocesedecampos.org.br/paroquias.html
http://www.coseac.uff.br/cidades/Campos_antiga.HTM


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