
Localizada na esquina das ruas Marechal Floriano e Tenente-Coronel Cardoso, a Igreja de Santa Efigênia, que também abriga a imagem de outros santos, como por exemplo Santo Expedito, recebeu do Guia Geral da Cidade de Campos, a seguinte citação,
Situada na Rua Marechal Floriano, abriga histórias da escravidão.
Já no livro Subsídios para a História dos Campos dos Goytacazes, Júlio Feydit, conta que,
No mês de fevereiro de 1853, logo depois das aves-marias por diversas noites, o povo, percorrendo as ruas da cidade em um concurso de todas as hierarquias, sexo, idades e condições, principiou em uma romaria de nova espécie, a carregar pedras para a fundação do templo de Santa Efigênia: mas não se contentava só com carregar as pedras que pertenciam à irmandade, como também todas as que á margem do rio encontrava pertencentes e diversas pessoas.
Antes de se construir a atual capela de Santa Efigênia, se havia dado começo a uma capela destinada á mesma Santa, cujo nome foi dado à rua, onde se achavam principiados os alicerces dela.

A imagem parou na rua do ouvidor, hoje Marechal Floriano, em frente a um barracão que aí se havia preparado, e executada uma sinfonia pelos músicos que gratuitamente se prestaram, procedeu-se ao benzimento da pedra. Nesta pedra foi encerrada uma caixinha de jacarandá, contendo o termo de assentamento dela e algumas moedas, colocadas dentro por alguns irmãos. Era mestre de obra o Joaquim da Penha, o qual nesse ato apresentou ao irmãos da irmandade de Santa Efigênia ,o Dr. João Baptista de Lacerda, uma colher de pedreiro com barco para fechar a junta da pedra que servia de tampa. O honrado velho, o Dr. Lacerda, mostrou-se tão desajeitado com a colher de pedreiro, quanto era perito no escalpelo: ele próprio achou graça e pôs-se a rir, provocando hilaridade geral. Em 9 de outubro de 1870 foi benzida a nova igreja que já estava pronta.
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